Eu sabia que um dia tinha que acabar, mas não imaginava que seria tão de repente. Parece que foi ontem o dia em que sai de Porto Alegre, mas, pensando agora, eu vejo o quanto eu fiz e o quanto aproveitei. Achei que não seria tanto, que iria gostar, mas que não seria tudo isso. Afinal, era Portugal, o país do lado da Espanha; um cantinho final de Europa. Mas, felizmente, estava errado.
Vi muito, conheci muito, cresci muito. E, por isso, esses cinco meses concorrem, e talvez ganhem, como os melhores da minha vida. E por tudo isso vou sentir saudades, como percebi hoje quando ia ao meu último pastel de nata.
Saudades de caminhar pela cidade. Saudades dos miradouros. Saudades da Graça, do Bairro, da Alfama. Saudades de pegar o elétrico. Saudades de pastel de nata e expresso na Confeitaria Nacional. Saudades da Super Bock e da Sagres, por piores que sejam, e do vinho de dois euros que vendia no Pingo Doce. Saudades das festas nos fins de semana. Saudades das festas em dia de semana. Saudades de acordar as quatro, sem ninguém me olhando feio. Saudades do Grega, da Ana, da Aude, do João, da Thais, da Johanna, da Juleana. Saudades de cozinhar só para mim e almoçar vendo House trancado no meu quarto. Saudades das jantas, sejam em casa ou fora. Saudades do bacalhau e do bitoque. Saudades da ginja. Saudades de voltar de madrugada a pé para casa, de me perder nas ruas estreitas e emaranhadas da Alfama. Saudades do fixe, do percebe, do sotaque. Saudades da Tuna e das tradições universitárias. Saudades do Castelo, da Sé, das lombas, da confusão. Saudades de abrir a porta do quarto e encontrar alemães, uruguaios, italianos, belgas, estonianos e gente de lugares que nunca ouvi falar. Saudades da vida boa, boêmia e surreal que levei.
Saudades de tudo isso e de todas as coisas pequenas que ainda não reparei que vou sentir saudades. Saudades de Lisboa, de Portugal. Saudades da Terra do Tejo.
E, por isso, que não sei se estou pronto ou com vontade de voltar ao Brasil. Sei que volto diferente, e sei que as coisas por ai mudaram. Só não sei se gosto disso.
Mas é isso: sabia que um dia ia acabar. Basta ter a certeza de que foi bem aproveitado. Agora, é chegar, trabalhar e preparar a próxima viagem.
Vi muito, conheci muito, cresci muito. E, por isso, esses cinco meses concorrem, e talvez ganhem, como os melhores da minha vida. E por tudo isso vou sentir saudades, como percebi hoje quando ia ao meu último pastel de nata.
Saudades de caminhar pela cidade. Saudades dos miradouros. Saudades da Graça, do Bairro, da Alfama. Saudades de pegar o elétrico. Saudades de pastel de nata e expresso na Confeitaria Nacional. Saudades da Super Bock e da Sagres, por piores que sejam, e do vinho de dois euros que vendia no Pingo Doce. Saudades das festas nos fins de semana. Saudades das festas em dia de semana. Saudades de acordar as quatro, sem ninguém me olhando feio. Saudades do Grega, da Ana, da Aude, do João, da Thais, da Johanna, da Juleana. Saudades de cozinhar só para mim e almoçar vendo House trancado no meu quarto. Saudades das jantas, sejam em casa ou fora. Saudades do bacalhau e do bitoque. Saudades da ginja. Saudades de voltar de madrugada a pé para casa, de me perder nas ruas estreitas e emaranhadas da Alfama. Saudades do fixe, do percebe, do sotaque. Saudades da Tuna e das tradições universitárias. Saudades do Castelo, da Sé, das lombas, da confusão. Saudades de abrir a porta do quarto e encontrar alemães, uruguaios, italianos, belgas, estonianos e gente de lugares que nunca ouvi falar. Saudades da vida boa, boêmia e surreal que levei.
Saudades de tudo isso e de todas as coisas pequenas que ainda não reparei que vou sentir saudades. Saudades de Lisboa, de Portugal. Saudades da Terra do Tejo.
E, por isso, que não sei se estou pronto ou com vontade de voltar ao Brasil. Sei que volto diferente, e sei que as coisas por ai mudaram. Só não sei se gosto disso.
Mas é isso: sabia que um dia ia acabar. Basta ter a certeza de que foi bem aproveitado. Agora, é chegar, trabalhar e preparar a próxima viagem.